Sou rodeado por mulheres guerreiras.
E no Natal isso fica ainda mais claro. Sempre sento para conversar com minha avó sobre o mundo.
Na verdade, quero muito escutar as histórias de vida dela.
Uma me encanta bastante e sempre peço para ela repetir: quando com 18 anos, em uma sociedade machista, ela grávida abandonou o seu ex-marido e foi buscar sua felicidade sozinha. Sem estudo, sem dinheiro, mas com vontade de fazer uma transformação em sua vida.
1 ano depois, ela abandonou a cidade e foi para Sampa tentar a vida. Em pouco tempo conheceu meu avô que lá trabalhava e em mais um ato de coragem, ela veio para minas na companhia dele. Aqui tiveram 11 filhos e foram felizes por vários anos.
A audácia da minha avó me inspira demais. Estar satisfeito com a forma que tudo está indo pode te deixar parado no lugar.
Sempre busco melhorar para que tenha uma vida mais leve e tranquila. Mas a minha evolução, como ela sempre me disse, não deve ser comparada com a de ninguém.
Nasci, cresci e vou morrer sozinho. E meu único desafio é me tornar um ser humano cada vez melhor.
Obrigado, Deus por ter a possibilidade de viver com uma senhorinha sorridente, carinhosa e amorosa que me ensina coisas que nenhum negócio jamais chegou